terça-feira, 13 de maio de 2008

Take Up Thy Stethoscope And Walk

Que ordenemos então nossos ruídos interiores para que eles saibam cantar harmoniosamente a melodia melosa da vida humana, para que esta última, avidamente nos apresente um submundo que se esconde meio ás nossas veias que, não obstante, constantemente dizem 'olá' às febres terçãs... Que neste submundo reencontremos nossos valores, que ainda neste lugar, possamos fitar o amor profundamente e em olhos tais encontrar o verdadeiro sentido da nossa breve existência que paira entre dores e sofrimentos. Pois estes ruídos de tão infames que são, causam-nos dor de cabeça, dor esta que é vermelha e que sangra sombriamente...
Mas porquê não nos jogamos logo nos braços quentes do Doutor Supremo? O mestre dos sons; o maestro órgão vital, a matiz das cores em ação: o coração.
Ele, inato Rei, tão somente, é capaz de apresentar às nossas almas turbulentas e ruidosas o alimento do amor: a música. A verdadeira arte (quiçá Ciência) de combinar os sons de maneira agradável, aprazível e cabal.
A música, no ápice de sua harmonia, é capaz de acalentar nossas dores, motivar o nosso cérebro cansado do trabalho, sufocado pelo ouro e subnutrido de emoções. A música é a rainha dos sorrisos e das lágrimas e mãe das mais faustas inspirações.
Tudo o que nossas almas ruidosas precisam é consultar o seu mestre Doutor, auscultar o(s) seu(s) ego(s) para que Ele, em sua divina sapiência ordene os sons que se rebatem tão exorbitantemente e que com eles refaça a sonata da vida, e que esta última ainda de maneira melosa e excessiva cante odes ao sol da noite.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

POW R. TOC H.

Confiando nas especulações...

O toque do poder está anunciando para as humanas almas febris que ardem por respostas e se queimam meio a tantas perguntas que insistem fervorosamente em permanecer na dúvida, uma luta dualística...
Quando é que a tocha escarlate que incendeia a guerra interior entre tantos eu's finalmente se apagará?
Esta é uma das perguntas que afligem tantas almas sobressaltadas deste mundo falacioso moderno que se engana e se ilude num abismo de cálculos, estatísticas e busca por certezas. Ouso a dizer que estas almas atormentadas por incessantes amiúdes, não suportarão por muito tempo este intrigante fragor que fazem as perguntas ao se rebaterem, como moléculas, umas com as outras dentro de âmagos tais.
Ansiedade, ócio, amiúdes, fadigas, sobrecarregamento e desespero, eis que então surge faustosamente as doenças da alma pós guerra, eis que então se apresentam na aurora os desastres da batalha do dia anterior; que não somente, se repete a cada crise, a cada questionamento que não aceita se calar e que quando engolido, corta como aço pontiagudo estas gargantas cansadas.
É o toque do poder, novamente desatinando, anunciando a guerra que tão cedo começa, anunciando a inquisição que clama, tão somente, por saber o sentido disto tudo que parece não ter significado algum, mais uma vez as antíteses vitais florescem... Seja num deserto habitado, seja num banco vazio no centro da avenida, lá estão elas, as dúvidas que se pospõem ao dualismo que é a existência, oposições inatas que frontalmente se combatem fazendo acontecer a guerrilha dos âmagos matemáticos, químicos e físicos que mesmo dentre ações e reações ainda são tão humanos...
E a tocha escarlate continua a flamejar...