sexta-feira, 2 de maio de 2008

POW R. TOC H.

Confiando nas especulações...

O toque do poder está anunciando para as humanas almas febris que ardem por respostas e se queimam meio a tantas perguntas que insistem fervorosamente em permanecer na dúvida, uma luta dualística...
Quando é que a tocha escarlate que incendeia a guerra interior entre tantos eu's finalmente se apagará?
Esta é uma das perguntas que afligem tantas almas sobressaltadas deste mundo falacioso moderno que se engana e se ilude num abismo de cálculos, estatísticas e busca por certezas. Ouso a dizer que estas almas atormentadas por incessantes amiúdes, não suportarão por muito tempo este intrigante fragor que fazem as perguntas ao se rebaterem, como moléculas, umas com as outras dentro de âmagos tais.
Ansiedade, ócio, amiúdes, fadigas, sobrecarregamento e desespero, eis que então surge faustosamente as doenças da alma pós guerra, eis que então se apresentam na aurora os desastres da batalha do dia anterior; que não somente, se repete a cada crise, a cada questionamento que não aceita se calar e que quando engolido, corta como aço pontiagudo estas gargantas cansadas.
É o toque do poder, novamente desatinando, anunciando a guerra que tão cedo começa, anunciando a inquisição que clama, tão somente, por saber o sentido disto tudo que parece não ter significado algum, mais uma vez as antíteses vitais florescem... Seja num deserto habitado, seja num banco vazio no centro da avenida, lá estão elas, as dúvidas que se pospõem ao dualismo que é a existência, oposições inatas que frontalmente se combatem fazendo acontecer a guerrilha dos âmagos matemáticos, químicos e físicos que mesmo dentre ações e reações ainda são tão humanos...
E a tocha escarlate continua a flamejar...

Um comentário:

Anônimo disse...

'Confusion will be my epitaph.
As I crawl a cracked and broken path
If we make it we can all sit back and laugh.
But I fear tomorrow I'll be crying,
Yes I fear tomorrow I'll be crying.'

É verdade, as dores causadas pelas dúvidas são terríveis, mas ao mesmo tempo, creio que há também um certo prazer em sofrer deste modo, um certo anseio por chorar depois que se chega a um determinado ponto.

Este prazer está por trás do tal "dualismo permanente" a que as dúvidas estão sujeitas, por um lado a intuição parece ter razão, por outro é questionável quão profundo é o sentido de tal razão. E passeios em tais profundidades costumam ser tão prazerosos quanto perigosos, no fim provavelmente aparecem mais dúvidas, e depois mais dúvidas, e assim não se chega a lugar algum.

Resumindo, meu conselho é: dormir mais e pensar menos.

ahuahua :D